domingo, 24 de janeiro de 2010

24 de Janeiro - Manaus, Brasil

Como da última vez gastei muito tempo e dinheiro pra postar diariamente, desta vez pretendo fazer algo diferente, algo que me de mais tempo pra desfrutar de minha viagem. Não prometo que vou postar de tanto em tanto tempo, mas prometo que vou fazer o possível pra colocar pelo menos dois post por semana, ou quando acontetecer algo muito diferente, uma experiência muito distinta, coloco um post extra pra dividir com vocês.

Pois é, umas das coisas que mais gostaria de ver era Manaus do alto, pra ter uma idéia, uma visão de uma cidade enorme rodeada pela floresta Amazônica, mas não foi possível, cheguei a noite, não consegui enxergar nada. Nada não, enxerguei o rio Amazonas, que de fato é muito grande, a gente chega sabendo que ele é enorme, mas quando você se depara com ele de fato, percebe que ele é muito maior do que a gente imaginou.

Procedimento de chegada, aquele de sempre, aeroporto, albergue, banho, cama, neste caso porque cheguei de madrugada, senão teria saído pra dar uma volta, fazer um city tour, sei lá. Como já disse antes, não vou detalhar como foi minha viagem em ordem cronológica, vou contar minhas impressões sobre o lugar, o povo, a comida, durante estes dias que passaram.

Manaus, a cidade, é como qualquer outra cidade grande, na verdade não é como qualquer outra cidade não, é muito quente, mas muito mesmo, abafada, horrível e suja, muito mais suja que qualquer outra cidade que já estive, as pessoas colocam os lixos todos na rua, acho que os lixeiros não passam toda hora, os animas se juntam pra fuçar os lixo. Cachorros, gatos e ratos compartilham daquele imundice sem se incomodar uns com os outros, uma porquice, nunca tinha visto igual, posso estar sendo radical, mas foi minha impressão.

Existe é claro, uma parte mais bonita, ainda que suja também, no centro histórico, onde fica o Teatro Amazonas. Esta parte foi contruída durante o ciclo da borracha, era de ouro desta região, mas que ficou esquecida no passado e hoje somente alguns poucos prédios preservam o que foi um dia a Paris das Américas.

O Teatro Amazonas, esse sim é o ponto alto, poucas palavras são capazes de descrever a grandiosidade dele. Por fora ela já chama muita atenção, mas é depois do passeio por dentro dele que você saí maravilhado, até esquece dos lixos e sente orgulho de ter um teatro deste naipe no seu país. A decoração, a riqueza de detalhes, as homenagens a artistas celebres do mundo inteiro, o esatdo de conservação. Uma mistura que faz o Teatro se tornar único e uma atração indispensável pra quem tiver oportunidade de conhecer, e eu nem assisti nenhum espetáculo por lá.


Agora quanto a parte ecológica, as redondezas de Manaus, ou a Amazônia, isto sim é sem dúvida lindo. A floresta em si deixa todos de boca aberta, brasileiro e gringos, e possivelmente até os nativos da região. O Rio Amazonas é de um tamanho que eu achava que não era possível existir. A outra margem quando se ve, está muito distante e muito pequena, só um fiozinho de terra no horizonte. Surpreendente, mesmo tendo estudado a respeito e ouvido sobre isto a vida toda.

Um dos pontos fortes, seguindo no tópico ecológico é sem dúvida o encontro das águas do rio Solimões e do rio Negro. Achei interessantissimo o barulho que os rios fazem quando se encontram, o fato de como eles não se misturam no instante que se encontram e o mais legal pra mim, foi o fato de poder ter nadado ali, bem no encontro e poder ter sentido a diferença de temperatura dos dois. Ótimo passeio, pra completar vimos um monto de botos (não os cor-de-rosa) nadando e saltando do lado de nosso barco, perfeito.

Existem outros passeios que se embrenham selva adentro, mas demoram alguns dias e não tenho muito tempo pra faze-los. Pra finalizar, passei um ótimo dia na praia de Ponta Negra, praia de rio é claro, mas não deixa nada a desejar. Barraquinhas, solzão, chuva, sol de novo e assim a vida segue nesta metrópole no meio da selva, neste forno que é o clima equatorial.

Só fazendo uma observação, que não falei de nada disso. Fui num destes dias na escolha da corte do carnaval de Manaus. Isto não muda muito em relação a outros lugares, samba, cerveja, bateria, mas o povo em si é muito diferente. São muito amigaveis e muito interessados, gostam de saber das coisas do "sul", então perguntam sobre tudo que podem. Eu acho isso bom porque me sinto a vontade de perguntar das coisas do "norte", que também não sei de muita coisa. No fim, penso que é um povo bonito, por sua história, seu jeito de ser, mas estéticamente falando, bonito, é Teatro Amazonas...

O próximo post espero vai ser de outro país, de um lugar bem diferente, imagino que isto torne as experiências mais interessantes...

Beijos e Abraços a todos!!!